A Procura da Arca de Noé - 1ª Parte
A 2200 metros de altitude, no meio de escombros e deslizamentos de terra, os exploradores acharam uma área clara, gramínea, com bordos íngremes e moldada como um navio. Suas dimensões são aproximadas às determinadas no Gênese, 150x25x15 metros.
Fizeram uma pesquisa rápida de dois dias que não revelou nenhum sinal do objeto ter sido feito pelo homem. Os cientistas do grupo não disseram nada à respeito da possibilidade natural criar tal forma tão simétrica. Uma escavação completa deveria ter sido feita no ano seguinte para resolver o mistério, nunca se concretizou.
Para Ron, se a Arca de Noé fosse real, então toda Bíblia seguramente era fidedigna. Ron determinou-se a visitar o local, mas, isso tornou-se um sonho para ele.
Estudando medicina na Universidade de Michigan, trabalhando como técnico de laboratório em Kalamazoo, com uma filha adolescente, um filho de três anos de idade aguardando o nascimento de outro filho.
Em 1964, assuntos familiares o forçaram a deixar as esperanças de se formar médico, ele mudou-se para o Kentucky, onde conseguiu se formar como anestesista em 1970. Não parecia que ele teria alguma oportunidade para visitar o estranho local do barco moldado, assim teve que limitar sua pesquisa arqueológica a bibliotecas e livrarias. Mas ele nunca perdeu interesse no fato, estudou tudo relativo à história antiga e arqueologia.
Havia muito pouca informação disponível sobre a Arca de Noé, o que convenceu Ron mais do que nunca que uma pesquisa mais séria deveria ser empreendida sobre assunto. Tudo o que ele tinha lido estava baseado em folclore e reivindicações insubstanciadas, informações sobre várias localidades diferentes.
De 1973 a 1975, ele e as crianças mudaram-se para o Havaí, onde ele pôde estudar vulcões diretamente. Isto o convenceu que se a arca tivesse aterrissado no cume vulcânico chamado Mt. Ararat, teria sido destruída há muito tempo. Apesar do fato de explicações elaboradas sobre como a arca poderia ter sobrevivido no cume vulcânico.
A erupção do Monte St. Helens mostrou a ele que nada poderia sobreviver numa montanha vulcânica como Ararat. Se a arca tivesse estado lá, ele concluiu teria sido destruída há muito tempo.
Em 1975, ele decidiu que havia uma forma de pesquisa que ele poderia fazer; ele construiu um pequeno modelo da Arca com as mesmas relações declarada na Bíblia, também construiu na água várias configurações de montanhas.
Ele observou a reação do modelo de barco ao flutuar próximo das várias maquetes de montanhas que fez. Ele aprendeu que o barco ao aproximar-se de um cume, simplesmente flutuava ao redor, não se aproximava ou aterrissava, o deslocamento lateral do fluido impedia qualquer forma de atracação.
Ele continuou esta experiência de várias formas, com o mesmo resultado, até que construiu uma formação montanhosa levemente inclinada, quando o barco acelerou ao redor desta formação, e as águas descendo lentamente, o navio flutuou com suavidade até tocar o fundo e parar. Com essa informação, Ron sabia que a arca teria que ter aterrissado num lugar semelhante, e não no cume íngreme do Mt. Ararat.
Um dos assuntos de estudo favoritos de Ron eram os antigos egípcios relacionados à Bíblia. No Havaí, ele leu tudo o que conseguiu por as mãos à respeito. Como ponderou, havia uma coisa que parecia ser óbvio a ele: Moisés tinha sido o autor do Gênesis, então escreveu a história do Dilúvio, e como tal, Ron acreditou que o cúbito que Moisés usou para descrever as medidas da arca teriam sido o Cúbito Real egípcio, o padrão universal de medida no mundo antigo naquele momento. Assim, 300 Cúbitos (egípcios) se iguala a 515 pés, e não aos 450 pés aceitos até então baseados no cúbito hebreu, inexistente à época.
Havia 15 anos desde que ele tinha lido aquele artigo na "Revista Vida", mas o interesse dele só cresceu. Até esta época Ron não teve mais nenhuma informação do objeto, então, ele leu o livro "O Arquivo ", por Rene Noorbergen que em 1960 participou da primeira expedição à formação do barco moldado. Assim ele soube os nomes dos homens que visitaram o local.
Ele contatou os homens da expedição, e perguntou tudo à respeito sobre a viagem arqueológica, lhes perguntou como chegar ao local, afinal 20 milhas ao sul do Mt. Ararat é uma localização muito vaga numa região com tantas montanhas. Mas, ninguém soube contar exatamente como chegar lá, eles tinham montado a cavalo por horas, sendo conduzidos pelo exército turco. Quando ele falou em visitar o local, lhe disseram que ele estava louco, nada havia lá; todos, exceto o Dr. Arthur Brandenburger que acreditava realmente tratar-se de um navio.
Em 1977, os filhos já crescidos, com dinheiro suficiente e duas semanas de férias, pela primeira vez Ron sentiu que poderia viajar para a Turquia. Assim, ele contou aos filhos o que estava a ponto de fazer, e para o desânimo dele, Danny de dezessete anos, e Ronny de dezesseis, teimaram em ir junto.
Em 9 de agosto de 1977, eles chegaram a Istambul. As coisas estavam muito difíceis, eles pegaram um ônibus para Ancara, e um trem para Erzurum. Isto consumiu três valiosos dias. Em Erzurum, eles pegaram um táxi a Dogubeyazit, uma pequena cidade perto do local.
A Turquia Oriental não é nenhuma área turística, é distante e perigosa, havia dezessete anos desde a ultima expedição ao local, talvez o povo tivesse esquecido do assunto, e se não encontrassem ninguém na cidade que soubesse inglês, como eles achariam o barco moldado? Muitas pessoas podem achar o método de Ron de adquirir informação estranho, ele fez a única coisa possível, orou silenciosamente por ajuda.
Quando eles se aproximaram da cidade, o táxi quebrou, eles então empilharam um grande número de pedras ao lado da estrada, ante o confuso olhar do motorista. Voltando ao táxi, continuaram a jornada estrada abaixo. Logo, nova quebra, com menos entusiasmo eles empilharam novamente pedras na margem de estrada. Depois de muitas milhas e 3 pilhas construídas, finalmente chegaram ao hotel em Dogubeyazit.
Na manhã seguinte, refeitos da jornada anterior, eles adquiriram outro táxi e rumaram para a primeira pilha de pedras que fizeram na margem da estrada, seguiram a partir dela perpendicularmente à estrada, chegando numa pequena aldeia. Vários homens armados se aproximaram, usando "idioma" de sinal, Ron convenceu os homens que eles eram só turistas, então os aldeãos designaram guias para eles.
Caminharam por milhas e milhas de terreno áspero, até que Ron percebeu uma "pedra" idêntica às pedras de âncora achadas no Mar mediterrâneo que ele tinha visto em livros arqueológicos, só que essa "pedra" era muitas vezes maior.
Quando ele examinou a pedra mais de perto, viu que haviam 8 cruzes esculpidas nela. Quando os aldeãos viram o interesse de Ron pela pedra, eles lhe mostraram outras pedras de âncora, todas com 8 cruzes esculpidas nelas. Eles estavam terrivelmente excitados pelo que tinham visto, mas do barco moldado, nenhum sinal. Continuaram caminhando, mostraram para Ron um cemitério antigo com monumentos "estranhos" que pareciam representações simples de barco. Estas coisas tinham relação com à Arca de Noé? Ron acreditou que sim. Assim, ele fotografou e filmou tudo e decidiu voltar ao hotel.
Na manhã seguinte, rumaram até a segunda pilha na beira da estrada, caminhando como anteriormente, eles acharam ruínas de uma velha casa de pedra, fora dessa casa haviam grandes muros de pedra que pareciam prolongar-se por várias milhas. A característica mais interessante deste local era a existência de duas grandes pedras, uma em pé e outra caída.
Na pedra em pé havia um desenho esculpido: Uma forma de arco, debaixo do qual uma ondulação sugeria um oceano, e sobre ela um barco; caminhando longe do barco oito pessoas; o primeiro era um homem alto, seguido por uma mulher; os próximos eram três homens do mesmo tamanho da mulher; as três últimas eram mulheres menores que a mulher anterior.
Parecia bastante óbvio a Ron que esta era a representação dos 8 sobreviventes do dilúvio, andando longe do navio com um arco-íris sobre eles.
Quando ele estudou estes dois monumentos mais de perto, ele notou na pedra caída, a primeira mulher (representando a esposa de Noé) e o primeiro homem (o Noé), ambos com os olhos fechados e a cabeça inclinada; considerou que as pedras na frente da casa eram as lápides de Noé e a sua esposa.
O que Ron e os meninos acharam nestes primeiros dois dias é extremamente importante, não prova nada sobre o barco moldado, mas é uma indicação clara que uma família de oito pessoas viveu nesta área em algum momento da Antigüidade. O desígnio de oito cruzes nas pedras das âncoras mostra que alguém durante a era Cristã tinha identificado estas pedras com a arca e seus oito passageiros.
0 comentários:
Postar um comentário