A BÍBLIA E OS DINOSSAUROS
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DIÁLOGO INACABADO ENTRE UM PASTOR E UM CIENTISTA CRISTÃO SOBRE A LINGUAGEM DE GÊNESIS 1-3
Esse diálogo de fato aconteceu. Durante cerca de uma semana troquei e-mails com um
querido amigo meu que além de cristão comprometido, é um renomado cientista. O ponto
central foi a natureza da linguagem de Gênesis 1 a 3. O diálogo terminou inacabado.
Mesmo assim, até onde ele foi, desafiou-me bastante a refletir sobre essas questões.
Pedi permissão para reproduzir o diálogo, editado em parte por causa do espaço,
omitindo o nome dele.
CIENTISTA:
Precisamos encorajar os jovens cristãos a ter uma visão alternativa da criação que possa
combater mais eficazmente o naturalismo. A Bíblia não é um livro científico e precisamos
ter cuidado para não usá-lo da forma errada. Entre os pontos de uma visão alternativa, eu
menciono que Gênesis é primariamente a proclamação de que Deus é o Criador dos céus
e da terra. Gênesis 1-2 está proclamando a mensagem da atividade de Deus que é
incompreensível aos seres humanos. A proclamação foi colocada em linguagem e
imagens humanas para acomodar-se às limitações do entendimento humano, como
criaturas finitas que somos. Portanto, qualquer tentativa de leitura de Gênesis 1-2 como
se a passagem fosse descritiva equivale a colocar a atividade de Deus dentro das
limitações da compreensão humana.
PASTOR:
Muito interessante. Todavia, uma pergunta apenas: por que você só se referiu a Gênesis
1-2 e deixou de fora Gênesis 3, que relata a Queda do homem? Não deveríamos ler
Gênesis 3 também dessa forma, como não descritivo, e como se referindo a algo acima
da nossa compreensão? Ou seja, você está dizendo que devemos ler Gênesis 1-2 de
forma figurada, mas Gênesis 3 como história real?
CIENTISTA:
Há! Estou vendo sua pergunta capciosa! Eu diria que a Queda do homem presume que a
Criação já havia sido realizada. Eu também não usei a palavra "figurada" – o que estou
dizendo é que o relato não é científico. Eu estou falando de "verdade". Gênesis 1, 2 e 3 é
um relato fiel da criação, mas não descrição científica. Faz sentido?
Aqui vai uma citação de Herman Bavinck: "Não existe separação inerente de ciência e
religião. Da mesma forma, não deveria haver um biblicismo ingênuo que confunda a
linguagem da Escritura com a linguagem da ciência". Eu gostaria de ouvir, agora, onde é
que estou sendo herético!
PASTOR:
Bela citação, concordo integralmente com ela. Você concorda que, apesar da Bíblia não
ter uma linguagem científica, nada do que ela diz contradiz a realidade das coisas? Em
outras palavras, que a Bíblia não tem erros naquilo que ela afirma sobre o mundo, a
realidade, a humanidade, a história, a geografia, por exemplo, mesmo que essas coisas
sejam ditas de maneira fenomenológica e descritiva? Ah! Não fui eu quem usou a palavra
"herético", nem mesmo sugeri que você fosse herético.
CIENTISTA:
Eu estava brincando com esse negócio de heresia! Creio plenamente em Adão e Eva,
mas não aprecio muito as teorias criacionistas que defendem uma terra jovem – acho que
elas prestam um desserviço ao Cristianismo.
PASTOR:
Tem mais um caso. Jesus podia transformar água em vinho numa fração de segundos e
ao mesmo tempo fazer com que esse vinho "jovem" fosse tão velho como o melhor vinho.
Ou seja, ele fez um vinho novo, mas com "aparência" de velho.
Estou feliz que você, quanto à questão da realidade (verdade), mantém a posição
teológica reformada.
CIENTISTA:
Meu problema com sua declaração é que quando você usa o argumento que Jesus fez
vinho com aparência de velho para justificar a criação da terra já com aparência de velha.
Ao fazer isso, você está dizendo que os cientistas não deveriam examinar a terra com o
objetivo de descobrir as leis de Deus na natureza, porque ele criou as coisas de forma a
nos confundir. Isso quer dizer que nunca entenderemos o que vemos. Não se esqueça
que a mesma física que descreve o comportamento astronômico do universo é a mesma
que tem permitido a produção de imagens por ressonância magnética (MRI) e outras
tecnologias redentivas maravilhosas.
PASTOR:
Entendo. Mas, responda-me. Se um cientista achasse Adão poucas horas após ter sido
criado por Deus do pó da terra, qual seria sua conclusão acerca da idade de Adão? Adão
teria poucas horas de vida, mas foi criado como um ser humano completo, adulto, e teria
aparência adulta.
CIENTISTA:
Agora você está inferindo os detalhes técnicos de como Deus criou Adão. Prefiro não
tocar nesse ponto. Quando eu digo que acredito que Deus criou Adão, acredito que ele
tornou-se plenamente humano em um certo momento do tempo – eu não especulo se
Deus aguardou pelo barro secar antes de soprar o espírito nele, ou se usou um método
diferente para trazer o corpo de Adão a essa condição.
PASTOR:
Meu problema não é com a idade do universo, mas com seu argumento de que Deus não
poderia ter criado uma terra jovem com aparência de velha pois isso seria iludir e
desencaminhar os cientistas. Se Deus não pode criar coisas já crescidas, amadurecidas e
com aparência de velha, o que dizer da criação de Adão e do vinho com sabor de velho?
Deus não seria igualmente desonesto?
CIENTISTA:
Não!!!! Não vejo esse paralelo. Lembre-se de Gênesis 2.5, etc., as plantas e as florestas
levaram tempo para crescer à medida que a água veio... Portanto, eu acho que existe
uma diferença entre as diferentes classes de coisas criadas.
PASTOR:
Ainda não é o meu ponto. Se Deus estaria iludindo os cientistas ao criar a terra com
aparência de velha, como se tivesse bilhões de anos, não estaria igualmente iludindo os
cientistas criando um ser humano já crescido, amadurecido, aparentando mais idade do
que realmente tinha? Eu acho que existe um paralelo, sim.
Além do mais, você esquece que de acordo com Gênesis "plantou o Senhor Deus um
jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado." (Gn 2.8)
Ou seja, não somente você tem um homem crescido (criado em uma fração de segundos)
mas também um jardim inteiro com as árvores carregadas de frutas criadas em uma
questão de segundos, senão Adão e Eva não teriam o que comer. Agora, temos não
somente Adão e Eva e o vinho com gosto de velho, mas um jardim inteiro, todos criados
já plenamente amadurecidos, completos, com aparência de terem muito mais tempo do
que realmente tinham.
CIENTISTA:
É por isso que não penso que Deus nos ilude. Quando dizemos, a partir de observações
astronômicas, por exemplo, que o universo tem bilhões de anos, essa declaração deveria
ser aceita, em vez de encontrar explicações para a não-validade das leis físicas para
satisfazer uma teoria criacionista do universo jovem.
Veja abaixo um sumário do professor Hooykaas sobre esse ponto. Ele era Reformado e
foi um dos maiores historiadores da ciência. Leiam o que ele diz sobre o comentário de
Calvino nas Institutas e digam-me onde Calvino e Hooykaas estão errados:
"Calvino percebeu, como talvez ninguém antes dele, a discrepância entre a astronomia
nada ingênua do século XVI e a visão de mundo dos tempos bíblicos. Ainda assim, a
despeito de sua reverência pela Escritura, ele não rejeitou a astronomia de seus dias... De
acordo com Calvino, o Espírito Santo abre uma mesma escola para o ignorante e o
erudito, e escolhe o que seja inteligível a todos. Se Moisés tivesse falado de uma forma
científica, o ignorante poderia apresentar a desculpa de que estas coisas estão além de
sua compreensão. Calvino diz, 'A Bíblia é um livro para o leigo; aquele que desejar
aprender astronomia e outras artes recônditas, que vá aprender em outros lugares'.
Evidentemente, Calvino sustenta que Deus deseja que as pessoas de todas as épocas
compreendam a sua revelação e, portanto, se acomodou a nós."
PASTOR:
Estou feliz que você cita Calvino e reconhece a autoridade dele. Então, ouçamos Calvino
também quando comenta sobre a criação do mundo (Gn 1.5):
"Aqui se refuta claramente o erro daqueles que dizem que o mundo foi criado em um
único momento. Pois é muita violência contender que Moisés distribuiu por seis dias a
obra que Deus realizou num só momento simplesmente com o objetivo de nos instruir. É
preferível concluir que o próprio Deus levou o espaço de seis dias com o objetivo de
acomodar suas obras à capacidade do homem".
Agora, diga-me, cientista: quais das duas citações de Calvino devemos seguir para que
sejamos de fato calvinistas? Essa acima, em que Calvino diz que Deus criou o mundo em
seis dias, ou aquela que você mencionou, de Hooykaas citando Calvino, que a linguagem
da Bíblia é não científica?
CIENTISTA:
Minha posição está perfeitamente dentro da tradição dos cientistas Reformados. Mais
umas linhas de Hooykaas:
"Existiam muitos, como o ministro zelandês Philips van Lansbergen, um famoso
astrônomo, que era opinião que a Escritura não fala de assuntos de astronomia 'de
acordo com a situação real, mas de acordo com as aparências.' De acordo com ele, o
testemunho das Escrituras é verdade em si mesmo, mas sua autoridade é erroneamente
empregada para demonstrar o movimento dos corpos celestes."
PASTOR:
Estamos andando em círculo aqui. Você citou Calvino como autoridade quanto à questão
do caráter não científico da Escritura e nos desafiou a sermos calvinistas consistentes. Eu
respondi com uma citação de Calvino, em que ele claramente diz que Deus criou o mundo
em seis dias, para provar que o fato dele acreditar que a Bíblia não tem linguagem
científica não o impediu de acreditar que o mundo foi criado em seis dias por Deus.
Diga-me: de acordo com Calvino, é possível para quem reconhece que a linguagem da
Bíblia não tem caráter científico acreditar que Deus fez o mundo em seis dias?
CIENTISTA:
Eu vou parar o diálogo por aqui dizendo que eu creio que Deus criou os céus e a terra
como um ser humano perfeito, mas não posso imaginar que o universo tem somente 6 mil
anos e 6 dias, no sentido de um dia literal de 24 horas. Isso está além da minha
compreensão. Penso também que Calvino concordaria com as recentes teorias
concernentes à distância, propagação da luz e expansão do universo.
PASTOR:
Você ainda não respondeu minha indagação.
CIENTISTA:
Eu diria que apesar da Bíblia ser divinamente inspirada, sua humanidade está também
aqui. O resultado não é que ela é a Palavra de Deus no sentido de que cada passagem,
em si mesma, traz ciência e história de forma impecável. A Bíblia traz a Palavra de Deus.
Se Deus escolheu expressar-se através da fragilidade das palavras humanas, da mesma
forma que escolheu revelar-se através da forma humana frágil, quem somos nós para
questionar sua sabedoria? A Bíblia não tem linguagem científica.
PASTOR:
Nós podemos (e devemos) admitir que a língua da Bíblia não é científica. Mas isto é
diferente de dizer que ela contém erros. Por exemplo: a Bíblia não explica a rota da terra
em torno do sol da perspectiva das forças gravitacionais que controlam os corpos
cósmicos. A Bíblia indica simplesmente que o sol se levanta e se deita diariamente - que
é a linguagem da perspectiva de quem vive na terra. Não é um erro. Este é o ponto que
Hooykaas e Calvino estão fazendo.
Na mesma maneira, quando a Bíblia descreve a criação de Adão, não é linguagem
científica. Moisés não diz como Deus adicionou a água ao barro e nem implantou os
condutores elétricos em seus nervos. Não obstante, permanece o fato que Deus criou o
homem do pó da terra e soprou o espírito nele. Quando a Bíblia diz que o sol parou no
céu metade de um dia, não se preocupa em explicar como Deus poderia fazer aquilo sem
causar uma tremenda bagunça na ordem celestial e no movimento dos planetas de nosso
sistema solar. Apesar da falta da explanação científica, permanece um fato que o sol
realmente parou esse dia durante esse período de tempo.
Não vamos confundir estas duas coisas: linguagem científica e verdade. Algo pode ser
verdadeiro mesmo se não for vazado em jargão científico. Meu problema é que você não
está fazendo esta distinção claramente e que você ainda parece sugerir, cada vez que diz
que a Bíblia não tem nenhuma linguagem científica, que a história da criação não poderia
ter acontecido na maneira como é descrita em Gênesis 1-2.
CIENTISTA:
Esse ponto sobre algo ser verdadeiro mesmo sem estar em linguagem científica é o que
venho dizendo desde o início. Acho que você não me entendeu. Em essência, acredito no
que a Bíblia diz – porque é verdade. Mas, Deus não intencionou que a linguagem dela
fosse científica. Calvino aceitava a astronomia moderna e ao mesmo tempo não perdeu o
respeito pela mensagem da Bíblia. A astronomia corrente tem implicações que rejeitam
completamente o conceito de um universo com 6 mil anos e 6 dias de idade. Por que é
tão difícil aceitar isso e ainda continuar crendo que a Bíblia contém a Palavra de Deus?
PASTOR:
Fico feliz em ver que concordamos em muitas coisas. Todavia, só mais uma observação.
A Bíblia não contém a Palavra de Deus, ela é a Palavra de Deus. Dizer que contém a
palavra de Deus, e assim fazer uma distinção entre Escritura e Palavra, é a posição de
Karl Barth. Para ele, a Bíblia estava cheio dos erros - especialmente científicos - mas o
milagre era que Deus nos falava através deste livro imperfeito. Você soa um bocado como
Barth neste ponto, a menos que eu o entendi mal.
CIENTISTA:
Eu não sou barthiano, não quero nada com liberais. Segue minha última citação de
Hooykaas sobre biblicismo. E ele não era um liberal:
"Minha tese é que a liberdade interna necessária ao trabalho científico está garantida
inteiramente por uma religião biblica. Isto pode parecer um paradoxo. Todos sabem o
quanto uma exegese de textos bíblicos impediu o desenvolvimento livre da teoria
científica. Os textos de Josué e dos Salmos tornaram impossível para muitos ortodoxos
aceitarem a teoria do movimento da terra; textos de Genesis impediram o
desenvolvimento livre da geologia enquanto pareceram limitar o tempo geológico a 6.000
anos e corroboraram a opinião sobre um dilúvio universal. Genesis foi usado também a
fim manter a constância das espécie..."
PASTOR:
Eu já li o livro de Hooykaas sobre a contribuição do Cristianismo para o surgimento da
ciência moderna. Também não creio que ele seja um liberal, mas questiono algumas de
suas opiniões.
Por exemplo, concordo quando ele diz que a liberdade interna é necessária para o
trabalho científico, mas eu gostaria de acrescentar "desde que você mantenha os
pressupostos de que Deus criou o mundo e o homem".
Ele também não faz uma importante distinção entre o catolicismo romano e a Reforma,
quando diz que a exegese bíblica impediu que ortodoxos aceitassem o heliocentrismo
(que a terra gira em torno do sol). Da mesma forma, acho que ele não foi exato ao dar a
impressão que teólogos em geral sempre afirmaram com base nos textos de Gênesis que
o mundo não poderia ter mais de 6 mil anos. Essa idéia é de um grupo que tentou calcular
a idade da terra através das genealogias, algo infundado. Acho que Hooykaas acaba
passando uma imagem incorreta da posição Reformada.
Ele pode não ser liberal, mas parece que não acredita num dilúvio universal. Isso faz dele
o que? Reformado ou liberal? Outra coisa: ele diz que Gênesis tem sido usado para
manter a constância das espécies. Isso é muito controverso. A microevolução (mudança
dentro das espécies) está bem provada e atestada, mas a macroevolução (mudança de
uma espécie em outra) ainda não foi provada. As espécies são estáveis e estabelecidas,
até onde sei.
CIENTISTA:
Concordo com quase tudo que você disse, só acho que é muita coragem dizer que
Hooykaas, um dos maiores historiadores da religião, passa uma imagem errada da
posição reformada.
PASTOR:
Tem razão. Eu quis apenas dizer que nesse ponto ele equivocou-se.
http://tempora-mores.blogspot.com/2007/06/dilogo-inacabado-entre-um-pastor-e-um.html
Dinossauros
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Estado de conservação
Pré-histórica
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Superordem: Dinosauria
Ordens
Saurischia
Ornithischia
Os dinossauros (do grego "dinos"(lagarto) e "sauros"(gigante)) constituem uma
superordem de membros de um grupo de arcossauros referente ao final do período
Triássico (cerca de 230 milhões de anos atrás) e dominante da fauna terrestre durante
boa parte da era Mesozóica, do início do Jurássico até o final do período Cretácico (cerca
de 65 milhões de anos), quando da extinção de quase todas as linhagens, à exceção das
aves – entendido por muitos cientístas como os únicos representantes atuais. Distinto de
outros arcossauros por um conjunto de características anatômicas, entre as quais se
destacam a posição dos membros em relação ao corpo – projetados diretamente para
baixo – e o acetábulo (encaixe do fêmur na região da bacia) aberto, isto é, o fêmur
encaixa-se em um orifício formado pelos ossos da bacia. A etimologia da palavra remete
ao grego déinos - terrivelmente grande, saurós - lagarto, e, por extensão, réptil.
Índice
1 Introdução
2 Evolução dos dinossauros
3 Tamanho
4 Grupos de dinossauros
4.1 Terópodes
4.2 Saurópodes
4.3 Anquilossauros
4.4 Estegossauros
4.5 Ceratopsídeos
4.6 Ornitópodes
4.7 Paquicefalossauros
5 Parentesco com as aves
6 Taxonomia
6.1 Ordem Saurischia
7 A extinção
8 Algumas espécies
9 Paleontólogos famosos
10 Ver também
11 Ligações externas
Introdução
Historicamente a denominação do grupo (Dinosauria) foi criada pelo paleontólogo e
anatomista inglês Richard Owen em Abril de 1842 na versão impressa de uma palestra
conferida em 2 de Agosto de 1841 em Plymouth, Inglaterra, sobre fósseis britânicos de
répteis. O grupo foi erigido para agrupar os então recém-descobertos Iguanodon,
Megalosaurus e Hylaeosaurus. Apesar da natureza fragmentária dos fósseis, Owen pôde
reconhecer que eram bastante distintos dos répteis (vivos e fósseis) até então conhecidos:
Um alossauro comendo os restos de um sarópode.
Eram grandes (outros grupos de répteis grandes eram conhecidos – crocodilos,
mosassauros, plesiossauros e ictiossauros, mas estes eram aquáticos, ao contrário dos
membros do novo grupo, eminentemente terrestres);
Possuíam um encaixe dos membros diferente: os ossos dos membros ficavam em uma
orientação paralela em relação ao plano longitudinal do corpo (dirigidos diretamente para
baixo), em vez da posição típica dos membros dos demais répteis – saindo
perpendicularmento do corpo e se dobrando para baixo na região do cotovelo e do joelho
(dirigidos lateralmente);
Altura, largura e rugosidades dos arcos neurais;
Costelas com terminação proximal (que se liga às vértebras) bifurcada (a costela
apresenta um formato de um Y);
Coracóide largo e, por vezes, de padrão complexo; Clavículas longas e finas;
Ossos dos membros proporcionalmente maiores, mas com paredes finas – indicando hábito terrestre.
Evolução dos dinossauros
Os dinossauros divergiram dos seus antepassados arcossauros há aproximadamente 230
milhões de anos durante o período Triássico, rudemente 20 milhões de anos depois que o
evento de extinção Permo-Triássica apagou aproximadamente 95 % de toda a vida na
Terra. A datação de fósseis do primeiro gênero de dinossauro conhecido, o Eoraptor
estabelece a sua presença no registro de fóssil de 235 milhões de anos. Os paleontólogos
acreditam que Eoraptor se parece com o antepassado comum de todos os dinossauros;
se isto for verdadeiro, os seus traços sugerem que os primeiros dinossauros fossem
predadores pequenos, provavelmente bípedes. A descoberta de ornitodiros primitivos,
parecido a um dinossauro foram animais como Marasuchus e Lagerpeton em camadas de
rochas triássicas da Argentina apoia esta visão; a análise de fósseis recuperados sugere
que esses animais fossem predadores pequenos.
As poucas primeiras linhas de dinossauros primitivos diversificados rapidamente pelo
resto do período Triássico; as espécies de dinossauro rapidamente desenvolveram as
características especializadas e a variedade de tamanhos. Durante o período da
predominância dos dinossauros, que abrangeu os seguintes períodos Jurássico e
Cretáceo, quase cada animal da terra conhecido eram maiores do que 1 metro de comprimento.
O Evento K-T, que ocorreu há aproximadamente 65 milhões de anos no fim do período
Cretáceo, causou a extinção de todos os dinossauros exceto a linhagem que já tinha dado
a origem aos primeiros pássaros. Outras espécie diapsídeos relacionadas aos
dinossauros também sobreviveram ao evento.
Tamanho
Enquanto evidência é incompleta, é claro que, como um grupo, os dinossauros foram
grandes. Mesmo para padrões de dinossauros, os saurópodes foram gigantescos.
Durante a maior parte da Era Mesozóica, os saurópodes mais pequenos foram maiores
do que algo mais no seu hábitat, e os maiores foram uma ordem da magnitude mais
maciça do que algo mais que andou desde então sobre a Terra. Os mamíferos préhistóricos
gigantescos como o Indricotherium e o mamute seriam nanicos perto
saurópodes gigantescos, e só uma mão cheia de animais aquáticos modernos os
aproxima ou sobrepuja no tamanho — o mais notavelmente a baleia-azul, que consegue
até 190 toneladas e 33,5 m no comprimento.
Grupos de dinossauros
Os Dinossauros eram divididos em seis grupos: Terópodes, que consistiam nos maiores
predadores da Terra, Saurópodes, os maiores animais que já habitaram a terra,
Ceratopsídeos, que tinham adornos na cabeça, Estegossauros, dinossauros com placas
nas costas , Anquilossauros, os dinossauros "blindados" e com porretes na cauda e os
Ornitópodes, também conhecidos como dinossauros-bico-de-pato.
Terópodes
Tiranossauro.
Os Terópodes ("pé de besta") são um grupo de dinossauros saurisquianos bípedes.
Embora eles fossem principalmente carnívoros, um número de famílias da ordem dos
terópodes desenvolveram hábitos herbívoros, durante o Período Cretáceo. Os primeiros
Terópodes aparecem durante o Triássico há aproximadamente 220 milhões de anos e
foram os grandes carnívoros terrestres do Jurássico até o fim do Cretáceo, há
aproximadamente 65 milhões de anos. Hoje, eles são representados por 9.300 espécies
vivas de pássaros, que se desenvolveram no Jurássico de pequenos coelurossauros.
Entre as características que ligam terópodes a pássaros são um furcula, ossos enchidos
por ar e (em alguns casos) penas e meditativo dos ovos.
Saurópodes
Dois Braquiossauros.
Os saurópodes foram um dos dois grandes grupos de dinossauros saurísquios ou
dinossauros com bacia de réptil. Os seus corpos eram enormes, com um pescoço muito
comprido que terminava em uma cabeça muito pequena. A cauda, também muito
comprida, junto com uma grande unha que a maioria dos saurópodes possuíam na pata
dianteira, eram suas únicas armas de defesa, além de seu tamanho. Eram quadrúpedes,
com patas altas, retas como colunas, terminadas em pés dotados de dedos curtos e
bastante parecidas com as dos elefantes. A sua dieta alimentar era vegetariana. Muitos
deles não dispunham de mandíbulas e dentes apropriados para mastigar, de modo que
engoliam grandes quantidades de matéria vegetal que, em seguida, eram "trituradas" no
estômago por pedras ingeridas para facilitar a fermentação e a digestão do alimento.
O Estauricossauro, viveu no Triássico e é um dos mais antigos saurischia. Foi coletado na
paleorrota no Rio Grande do Sul.
Anquilossauros
Os anquilossauros (ou Ankilosauridae) receberam este nome por causa do anquilossauro
e formam um grupo de dinossauros caracterizados por possuírem armaduras corpóreas
providas de grossos espinhos e um bola de fortes ossos fundidos que era usada como
arma de defesa (este ultimo e o fato de serem mais baixos e atarracados (baixo e gordo)
é o que distinguia os anquilossauros dos nodossauros que eram os seus antepassados,
que também eram encouraçados espinhentos). O corpo dos anquilossauros os
transformavam em perfeitas armas de combate sendo que em alguns casos até as
pálpebras dos olhos eram "blindadas" por uma espécie de persiana óssea, em um
combate eles ficariam de lado para o atacante e lhes ameaçariam com a cauda que
poderia desferir uma pancada que intimidaria até os maiores predadores da Terra e em
caso de fuga eles poderia acertar pancadas com facilidade em quem os tivessem
perseguindo. Todos eles viveram durante o período Cretáceo.
Estegossauros
Um kentrosaurus e um monolofosaurus em um duelo.
O grupo Stegosauria recebeu esse nome por causa do Estegossauro e agrupa
dinossauros que possuem diversas características em comum, como por exemplo: corpos
gigantescos com cabeças minúsculas, fileiras duplas de enormes placas ósseas dispostas
de ambos os lados da coluna vertebral, ferrões na cauda entre outros. Cada espécie se
destacando pela forma, disposição das placas e ferrões e tamanho. Essas placas podem
ter tido diversas funções mas não se sabe com certeza qual era sua função, algumas
teorias dizem que elas serviam para aquecer o corpo como painéis solares, outras dizem
que serviria para efeitos visuais para o acasalamento e para combates entre machos por
hierarquias.
Ceratopsídeos
Ceratopsia (do latim "lagartos com chifre frontal") é uma micro-ordem de
dinossauros ornitópodos marginocefalianos quadrúpedes e herbívoros, característicos do
período Cretáceo. Os ceratopsianos, como são chamados os dinossauros pertencentes à
essa ordem, viveram principalmente em regiões que atualmente são a Ásia e a América do Norte.
Esses dinossauros variavam muito de tamanho medindo de 75 centímetros até 10 metros
de comprimento. O nome ceratopsia que, como visto anteriormente, vem do latim
"lagartos com chifre frontal" se deve ao fato de esses dinossauros possuírem um ou mais chifres na face.
Ornitópodes
Vários ornitópodes.
Ornitópodes são um grupo de dinossauros ornitísquios que começaram como pequenos
herbívoros terrícolas, e cresceram em tamanho e número até tornarem-se os mais bem
sucedidos herbívoros do Cretáceo em todo o mundo, dominando totalmente as paisagens a América do Norte.
Sua maior vantagem evolutiva era o desenvolvimento progressivo do aparelho
mastigatório que tornou o mais sofisticado já desenvolvido por um réptil, rivalizando o dos
modernos mamíferos como a vaca doméstica. Eles alcançaram seu ápice nos bico-depato,
antes de serem varridos pelo evento de extinção Cretáceo-Terciário junto com todos
os outros dinossauros não-avianos.
Na paleorrota no Rio Grande do Sul, em 2001, foi encontrado o Sacissauro, um dos mais
antigos Ornitísquios, e viveu no Triássico.
Paquicefalossauros
Paquicefalossauro.
Pachycephalosauria (do grego "lagartos de cabeça espessa") é uma micro-ordem de
dinossauros ornitópodos marginocefalianos bípedes e herbívoros que habitaram a Terra
durante o período Cretáceo, onde atualmente estão as terras da América do Norte e da
Ásia. A característica mais marcante destes animais era o topo do crânio,que possía em
alguns animais vários centímetros de espessura, podiam apresentar formato de domo ou
ainda era adornada com espinhos (como o Stygmoloch). A função de tal característica
incomum é desconhecida. Até recentemente especulava-se que os membros desta microordem
utilizavam seus crânios em disputas territoriais ou por um parceiro sexual batendo
suas cabeças uma contra as outras (tal qual fazem alguns antílopes). No entanto, estudos
recentes apontaram que haveria grandes danos ao cérebro do animal, caso ele chocasse
sua cabeça contra a de outro indivíduo, sugerindo que talvez seu crânio fosse utilizado
para a defesa contra predadores ou as disputas por parceiros eram realizadas com golpes
desferidos contra as laterais do rival (assim como as girafas o fazem).
Parentesco com as aves
Um modelo de um Arqueopterix
Um estranho dinossauro, que fora até confundido com o Compsognato foi descoberto na
década de 1850, em calcários da Formação Solnhofen, no sul da Alemanha, o animal só
não foi reconhecido como um Compsognato pois no calcário onde o animal foi achado
foram encontradas marcas de penas envolta do animal. Esse animal foi conhecido como
Arqueopterix. Tempos depois, na China, foram encontrados diversos dinossauros com
penas entre eles o Microraptor,Dilong e Sinosauropterix. Isso gerou várias dúvidas entre
cientistas e paleontologos, que até hoje discutem sobre esse assunto. Há uma teoria que
diz que pequenos terópodes como o Compsognato evoluíram a dinossauros semelhantes
a aves, que estas começaram a aparecer no período cretáceo, como o Baptornis e o
Hesperornithiformes. Considera-se hoje que as aves são descendentes diretos dos dinossauros.
Taxonomia
A super-ordem Dinosauria subdivide-se em duas ordens, de acordo com a estrutura do
pélvis - e algumas outras características anatômicas. Uma vez que os seus
representantes são encontrados apenas no estado fóssil - com a provável exceção das
aves -, a taxonomia deste grupo é ainda fruto de discussão na comunidade científica.
Ordem Saurischia
Infra-Ordem Ceratosauria
Família Abelisauridae
Família Ceratosauridae
Família Coelophysidae
Família Podokesauridae
Família Megalosauridae
Infra-Ordem Tetanurae
Micro-ordem Carnosauria
Família Allosauridae
Família Baryonychidae
Família Megalosauridae
Família Spinosauridae
Família Tyrannosauridae
Micro-ordem Deinonychosauria
Família Dromaeosauridae
Família Therizinosauridae
Família Troodontidae
Micro-ordem Coelurosauria
Família Coeluridae
Família Compsognathidae
Família Noasauridae
Micro-ordem Ornithomimosauria
Família Ornithomimidae
Micro-ordem Oviraptorosauria
Família Caegnathidae
Família Oviraptoridae
Infra-Ordem Herrerasauria
Família Herrerasauridae
Infra-ordem Sauropoda
Família Brachiosauridae
Família Cetiosauridae
Família Camarasauridae
Família Diplodocidae
Família Euhelopodidae
Família Massospondylidae
Família Titanosauridae
Família Vulcanodontidae
Infra-Ordem Prossauropoda
Família Anchisauridae
Família Melanorosauridae
Família Plateosauridae
A extinção
Concepção artística do impacto de um asteróide com a Terra.
Muitos supõem que há 65,5 milhões de anos houve uma extinção em massa de espécies
animais e vegetais incluindo os dinossauros.
Diversas teorias tentam explicar esse fato, mas a mais provável de todas, e até mesmo a
mais famosa, é a de que um grande asteróide tenha caído na Terra e levantado poeira
suficiente na atmosfera para impedir que a luz do Sol alcançasse a superfície. Como
conseqüência disso, muitas espécies vegetais que necessitam fazer fotossíntese para
viver teriam morrido e, por fim, os dinossauros vegetarianos. Sem os dinossauros
vegetarianos para comer, todos os carnívoros também acabam morrendo, marcando
assim o fim da era dos dinossauros.
Apesar disso, existem pelo menos mais dez teorias que tentam explicar o motivo do
desaparecimento dos dinossauros.
Algumas espécies de dinossauros bastante conhecidas:
Alossauro
Arqueopterix
Braquiossauro
Carnotauro
Ceratossauro
Diplódoco
Espinossauro
Estegossauro
Hadrossauro
Herrerassauro
Hipsilofodonte
Iguanodonte
Megalossauro
Ornitomimo
Oviráptor
Protocerátopo
Sacissauro
Tiranossauro
Tricerátopo
Troodonte
Velociráptor
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