As Artes Marciais e as Filosofias Orientais
”Não existem registros escritos precisos sobre a origem das artes marciais, no entanto, acredita-se que elas tenham suas raízes mais remotas na Índia, há mais de dois mil anos atrás. Há indícios de que nessa época tenha surgido a primeira forma de luta organizada, chamada de Vajramushti, que seria um sistema de luta de guerreiros indianos. A história das artes marciais começa a tomar uma forma mais concreta a partir do século VI, quando no ano 520 A.D. um monge budista indiano chamado Bodhidharma - 28º patriarca do Budismo e fundador do Budismo Zen - deixou seu país e partiu numa longa jornada em busca da iluminação espiritual. Bodhidharma (conhecido no Japão como Daruma) viajou da Índia para a China, pernoitando nos templos que encontrava pelo caminho e pregando sua doutrina aos monges ou a quem quer que fosse. Depois de ter perambulado por boa parte do território chinês, o destino o conduziu ao Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Diz à lenda que, ao penetrar no velho mosteiro, Bodhidharma deparou-se com a precária condição de saúde dos monges, fruto de sua inatividade. Foi então que ele iniciou os monges na prática de uma série de exercícios físicos, ao mesmo tempo em que lhes transmitia os fundamentos da filosofia Zen, com o objetivo de reabilitá-los tanto física quanto espiritualmente.”
As profundas ligações entre as artes marciais e as filosofias orientais são incontestáveis; são visíveis nas reverências e nas atitudes dos seus praticantes. Não os condeno, afinal, a liberdade e o direito de culto, e a prática das mais diversas filosofias religiosas estão asseguradas na Constituição Federal. Mas, vejo com profundas restrições a adesão dos cidadãos que professam a fé evangélica; a incompatibilidade com os princípios bíblicos é notória.
Mesmo vivendo em dias nos quais as igrejas estão cada vez mais permissivas e tendenciosas a copiar as práticas comuns aos não evangélicos. É imperioso ouvir-se Espírito Santo e que os corações sejam sensibilizados para a verdade da impossibilidade da modernização do evangelho, afinal, a palavra é imutável.
As filosofias diversas, não devem encontrar lugar no coração do homem que procura santificar-se e ser instrumento nas mãos do Senhor Deus. É preciso que haja discernimento do Espírito, afinal, a vida que nos é proporcionada deve ser exclusivamente para honra e gloria do Eterno, e isto com todas as forças possíveis. E nesta visão, é preciso abrir-se mão de muitas atitudes aparentemente normais e inofensivas à vida espiritual.
Ocasionalmente recebo e-mails de pessoas que se dizem evangélicas, no afã de descaracterizar a condição filosófica das artes marciais, inclusive, relatando sucessos na disseminação do evangelho por este canal. Eu lamento, mas, não consigo ver e não reconheço o mover de Deus através de meios sabidamente contrários a Seus princípios.
O que é mais importante, agradar a Deus ou satisfazer os anseios da vontade?
Veja os conselhos do Senhor, através da Bíblia:
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” 2Co 6:14;
“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz... E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” Ef 5:8,11;
“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.” Cl 1:13;
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” 1Pe 2:9;
"Não imitem os costumes dos povos que eu vou expulsar dali, conforme vocês forem tomando posse da terra. Eu fiquei aborrecido com eles por causa das coisas imorais que faziam." Lv 20.23;
Não se deixe levar por vãs filosofias e toda sorte de doutrinas; seja fiel, santo, puro e cheio do Espírito Santo, assim, de tua vida fluirá um rio de água viva!
Autor: Elias R. de Oliveira
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