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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

AIDS - A Epidemia dos Tempos Finais



AIDS - A Epidemia dos Tempos Finais

Conforme o relatório anual da UNAIDS, todo dia são contaminadas pela AIDS 16.000 pessoas, em sua maioria jovens.
Apenas no ano passado, 4,8 milhões foram infectadas com o vírus HIV, número superior a qualquer ano anterior. Assim, o total de contaminados subiu de 35 milhões em 2001 para 38 milhões até o final de 2003, conforme informou em Londres e Genebra o programa de combate à AIDS das Nações Unidas. Segundo seus dados, em 2003 morreram 2,9 milhões de pessoas em decorrência da deficiência imunológica adquirida. Isso equivale à população de grandes metrópoles mundiais. Dentre as vítimas, aproximadamente 500.000 têm menos de 15 anos de idade.
A cada seis segundos alguém se contamina com o vírus da AIDS, o que representa aproximadamente 15.000 pessoas por dia. A metade dos novos infectados tem entre 15 e 24 anos de idade. Apesar do total de doentes ter sofrido uma leve redução, os custos para combater a epidemia crescem. Cinco a seis milhões de aidéticos de países pobres precisam com urgência do coquetel de medicamentos contra o vírus. Porém, conforme o relatório, somente sete por cento têm acesso a ele. Para combater mais efetivamente a AIDS no próximo ano, seriam necessários doze bilhões de dólares ao invés dos dez bilhões gastos neste ano.
Segundo o relatório, o crescimento dos custos tem diversas causas. Por exemplo, até agora o risco de contaminação através de instrumentos médicos teria sido menosprezado, vindo a ocasionar despesas adicionais. Além disso, teria havido descuido com a proteção de médicos e enfermeiros e com os órfãos da AIDS. Em 2003, 15 milhões de crianças perderam os pais ou um deles por causa da AIDS.
Novas epidemias, que parecem não encontrar barreiras para se disseminar, estão se espalhando pelo Leste europeu e pela Ásia, onde vive 60% da população mundial. Lá, 1,3 milhões de pessoas já estão infectadas - em 1995 eram apenas 160.000. A Rússia é o país mais afetado. A ONU considera como principal razão para o grande avanço da doença as seringas compartilhadas no uso de drogas. A contaminação por via sexual também aumentou, principalmente quando um dos parceiros é dependente de drogas. Nas repúblicas centro-asiáticas da ex-União Soviética como o Uzbequistão, o Quirguistão ou o Cazaquistão a heroína chega a ser mais barata que o álcool.
Se não forem tomadas iniciativas enérgicas, a AIDS provocará na Ásia uma catástrofe semelhante à verificada na África. Principalmente países populosos como a índia e a China deveriam abrir os olhos para a realidade da AIDS. Os altos índices populacionais desses países poderiam levar a um aumento assustador no número de infectados. Na China, na Indonésia e no Vietnã a UNAIDS culpa a grande ignorância do povo pela propagação dessa pandemia: 20 anos depois da primeira morte causada pela AIDS, ainda impera, principalmente nas áreas rurais, um grande desconhecimento sobre as formas de contaminação e de prevenção.
Mas é na África que a AIDS mais se alastra, especialmente nos países ao sul do Saara. A relativa estabilidade.de 25 milhões de infectados mascara o crescimento real tanto no número de mortos como de novos contaminados pelo vírus.
A AIDS continua se espalhando também pelos Estados Unidos e pela Europa Ocidental, além da América Latina, especialmente entre homossexuais e bissexuais. (Welt.de)
As estatísticas mundiais são estarrecedoras, lembrando-nos das palavras de Jeremias 14.19: "Aguardamos a paz, e nada há de bom: o tempo da cura, e eis o terror."
Nosso tempo é caracterizado por catástrofes naturais, guerras (atualmente há 51 conflitos armados em curso), terrorismo, crises econômicas e doenças incuráveis. Por isso, não devemos parar de alertar e de chamar a atenção para a profecia do Senhor acerca dos tempos finais:
"haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais no céu" (Lc 21.11).
Agora os cientistas estão mais sóbrios: a indústria farmacêutica ainda não conseguiu desenvolver vacinas ou remédios para a AIDS e não há perspectivas em vista. Além disso, o vírus HIV pode desenvolver resistência aos tratamentos. Na Alemanha, apesar de todos os cuidados e medidas adota das para combater o vírus, ainda morrem 700 pessoas de AIDS por ano.
Reinhard Kurth, virólogo e chefe do Instituto Robert-Koch, lamenta que "a AIDS é a maior catástrofe médica da era moderna, apenas a peste pode ser comparada a ela". Essa afirmação chama a atenção, pois corresponde às palavras de Jesus.
O enorme risco de contaminação pelo vírus da AIDS é menos prezado pela sociedade, que parece não estar ciente do grande perigo que essa doença representa. Isso não acontece apenas porque as campanhas de esclarecimento são insuficientes. A realidade é que as pessoas parecem ficar mais e mais insensíveis, continuando a seguir seus instintos sem medir as conseqüências de seus atos e sem se preocupar com quaisquer normas ou limites. Uma reportagem da conceituada revista alemã "Der Spiegel" dizia que, para muitas pessoas, a doença perdeu o pavor. Por exemplo, apenas 30% da população alemã considera a AIDS uma das doenças mais perigosas; em 1987 esse número era o dobro. O que falta é esclarecimento, principalmente a respeito da realidade de que a AIDS é, em grande parte, conseqüência de imoralidade e prostituição. A prática da homossexualidade, do adultério e da infidelidade conjugal estão entre os maiores fatores de risco. O comentário da revista alemã "Der Spiegel" prossegue: "em geral, a AIDS infecta homens gays e bissexuais. Quarenta e um porcento dos novos infectados são desse grupo populacional" .
Mesmo as grandes denominações religiosas não tomam uma posição clara nesse assunto e evitam chamar a atenção para o problema, passando a idéia de que as causas para o alastramento da doença sejam outras. Ao invés de conclamar as pessoas à fidelidade, se faz propaganda de preservativos para que as pessoas continuem a viver como acham certo, sem mudar seu comportamento. As conseqüências diretas são não apenas os milhões de infectados e mortos, mas os imensos custos para o sistema de saúde e o peso que representa para as instituições governamentais, além do ônus que recai sobre cada cidadão em particular. O tratamento da AIDS é muito caro e, para muitos, impagável. Some-se a isso o investimento em pesquisas e os muitos órfãos deixados pela doença, mais os inocentes, como médicos e enfermeiros, que se infectam ao lidar com aidéticos, e teremos um quadro um pouco mais realista do horror que ela representa nos dias de hoje.
Costumamos lamentar que a ciência ainda não tenha descoberto nenhum meio de combater esse vírus, que o governo não disponibiliza meios suficientes para pesquisa e medicamentos, que não há esclarecimento suficiente para a população, e muitos até culpam a Deus. Mas a Bíblia diz: "Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos nossos caminhos, provemo-los e voltemos para o Senhor. Levantemos o coração juntamente com as mãos, para Deus nos céus..." (Lm 3.39-41).
Não é fácil escrever um artigo destes e chamar a atenção para o que a Bíblia diz a respeito, pois não queremos acusar ninguém ou dar a entender que a culpa é somente da própria pessoa que ficou doente. Não é este o nosso alvo. O que importa é sofrer com os que sofrem e ter a consciência de que nós mesmos somos pecadores. É o amor que nos move e nos leva a mostrar a verdade, pois apenas a verdade liberta. Deus diz de Si mesmo que Ele "não aflige, nem entristece de bom grado os filhos dos homens" (Lm 3.33).
Todo sofrimento e toda miséria que há no mundo acontecem porque Deus permite. É com esse sofrimento que temos de lidar, uma vez que voltamos as costas para Deus, não queremos saber dEle e decidimos fazer as coisas como bem entendemos. Se Deus nos protegesse de todo mal apesar da nossa rebelião contra Ele, se tudo andasse às mil maravilhas conosco, afastarnos-íamos ainda mais do Senhor. Mas com o sofrimento vem a chance de dar meia-volta, de repensar nossa vida e de voltar para Deus. Terrorismo, guerras, doenças e quaisquer outras catástrofes não estão mostrando a falta de misericórdia de Deus; elas revelam toda a maldade humana e mostram quanto o pecado é terrível aos olhos de Deus e onde chegamos - sem Ele! Quem teria a idéia absurda de culpar a polícia quando um motorista corre demais e causa um acidente?
A Bíblia continua: "O Senhor não rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias" (Lm 3.31-32). Deus não entristece uma pessoa por tê-la rejeitado para todo o sempre, mas Ele manda tristeza para poder fazer uso de Sua grande graça e misericórdia. A plenitude da graça de Deus é Jesus Cristo. Ele veio ao mundo para salvar os pecadores e para dar-lhes Seu perdão. Todas as coisas ruins que acontecem neste mundo são uma mensagem do Senhor dizendo aos homens que só em Jesus existe a chance de voltar, de recomeçar e de ser liberto de todos os pecados. Somente Ele traz ajuda real, e sem Ele estamos irremediavelmente perdidos.
O horizonte está escurecendo, as sombras do Apocalipse estão cobrindo mais e mais o nosso mundo. As epidemias que Jesus mencionou em Seu sermão sobre os tempos finais equivalem ao quarto selo do Apocalipse: "Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem! E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra" (Ap 6.7-8). Ainda não estamos experimentando os juízos dos selos, mas tudo parece conduzir nessa direção. Isso nos impulsiona a proclamar o Nome de Jesus antes que o tempo da graça termine e a noite venha sobre toda a terra. Entretanto, sabemos que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm. 10.13).
Autor: Norbert Lieth


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