A Adoração e o Conhecimento da Palavra
O conhecimento bíblico é absolutamente indispensável para a adoração. Em primeiro lugar, mesmo compreendendo o que a adoração significa, é preciso que ela esteja baseada no conhecimento bíblico. Os termos bíblicos usados para “adoração” são os mais antigos e, sendo assim, para entender o que significa adorar devemos começar com o estudo dos termos em seu contexto bíblico. Essas passagens não são meros textos isolados, mas fazem parte de um contexto histórico no qual vários hábitos e costumes ali descritos se desenvolveram. Por exemplo, a razão pela qual o livro de Hebreus (no capítulo 13) define a adoração como sendo o ato de repartir o fardo com as outras pessoas está relacionada com a visão que os judeus tinham de Jesus como sendo o complemento do sistema sacrificial do Antigo Testamento. Assim, para o autor de Hebreus existe a necessidade de redefinir a adoração sacrificial por causa dessa mudança.
Em segundo lugar, a adoração é a base da submissão a Deus. Sem um conhecimento bíblico adequado, como conheceremos esse Deus e como saberemos que tipo de submissão o agrada? Nós devemos afirmar que esse conhecimento virá através da pregação ou do nosso conhecimento teológico generalizado, mas é um tanto quanto problemático afirmar isso. O conhecimento teológico depende das Escrituras. Devemos ser capazes de avaliar as diversas vozes teológicas no universo cristão. Por causa dessa dependência da Bíblia, essa avaliação vai requerer uma compreensão completa do texto bíblico.
Além disso, nem todos os líderes de louvor têm uma boa base bíblica. Talvez alguns sejam como eu — uma pessoa que cresceu com a Bíblia sendo lida diariamente em meu lar. Outros não tiveram essa oportunidade e não terão profundidade bíblica suficiente para desempenhar seu trabalho sem que gastem tempo com estudo intensivo e continuado da Bíblia. E isso não acontece ouvindo sermões. Uma pessoa pode ouvir no máximo dois sermões por semana, e esses sermões precisam ser avaliados, pois nem sempre as mensagens entregues nas igrejas são equilibradas — talvez por causa da necessidade de focar em situações específicas de uma determinada congregação. A única maneira de estar certo de que estamos adorando o verdadeiro Deus de um modo que ele se agrade é estudando o texto das Escrituras de maneira pessoal.
Em terceiro lugar, a adoração contém em si mesma a Palavra, e se não temos uma compreensão perfeita das Escrituras provavelmente não entenderemos os assuntos e os símbolos dos textos sobre adoração que estamos usando. Isso pode nos levar a fazer comparações estranhas, interpretações incorretas ou até mesmo ignorar assuntos relevantes. Junte-se a isso o fato de que muitos líderes de louvor também são compositores. Como alguém pode escrever canções sem que esteja imerso nas Escrituras, a ponto da verdade bíblica estar refletida em suas letras? Além disso, depois de ser escrita, a música precisa passar por uma crítica bíblica e teológica. Uma amável figura poética pode estar sendo usada de uma maneira equivocada, ou até mesmo pode conter uma heresia. Mesmo que o autor peça para que alguém faça essa crítica para ele, o primeiro avaliador deveria ser o próprio compositor.
Em quarto lugar, o líder de louvor deve cultivar um relacionamento duradouro com Deus, em que estará liderando outras pessoas na adoração. Todos sabemos muito bem que Deus sempre (e talvez mais facilmente e melhor) é encontrado nas Escrituras. Isso significa que se alguém começa a estudar a Bíblia com o desejo sincero de conhecer a Deus melhor, essa pessoa certamente o encontrará de uma maneira que vai além do estudo racional. Talvez alguém possa dizer, “Bem, então é só abrir a Bíblia e esperar Deus falar. Porque eu deveria me esforçar em estudar se estou procurando por um encontro pessoal com ele?” A resposta é que assim como Jesus fez com os aprendizes no caminho de Emaús, Deus prefere nos explicar mais profundamente as Escrituras que apenas falar sem usar a Palavra. Ele a escreveu. Ele a preservou. Ele tem um interesse vital em se manifestar a nós através dela. E, além disso, nas escrituras nós temos dois mil anos de ação de Deus — como poderemos ter qualquer experiência com ele hoje que seja mais valiosa que dois mil anos de experiência? As nossas experiências estão baseadas e enraizadas nos atos de Deus descritos na Bíblia.
Mas podemos ir um pouco mais além. O nosso chamado como líderes de louvor e como povo que adora é sermos aprendizes de Jesus — eu prefiro usar “aprendiz” ao invés do sinônimo religioso “discípulo”. Ao olharmos para os discursos de Jesus e para os escritos de antigos aprendizes como Pedro, Tiago ou Paulo, nós vemos pessoas cujas vidas estavam impregnadas das Escrituras. Se a base da vida com Deus é seguir a Jesus e aos seus antigos aprendizes, então está claro que é impossível fazer isso sem buscarmos um conhecimento bíblico similar ao que eles tiveram.
E para finalizar, o líder de louvor precisa estudar profundamente a Bíblia, pois o seu líder no passado também o fez, e queremos ser iguais a ele.
Em segundo lugar, a adoração é a base da submissão a Deus. Sem um conhecimento bíblico adequado, como conheceremos esse Deus e como saberemos que tipo de submissão o agrada? Nós devemos afirmar que esse conhecimento virá através da pregação ou do nosso conhecimento teológico generalizado, mas é um tanto quanto problemático afirmar isso. O conhecimento teológico depende das Escrituras. Devemos ser capazes de avaliar as diversas vozes teológicas no universo cristão. Por causa dessa dependência da Bíblia, essa avaliação vai requerer uma compreensão completa do texto bíblico.
Além disso, nem todos os líderes de louvor têm uma boa base bíblica. Talvez alguns sejam como eu — uma pessoa que cresceu com a Bíblia sendo lida diariamente em meu lar. Outros não tiveram essa oportunidade e não terão profundidade bíblica suficiente para desempenhar seu trabalho sem que gastem tempo com estudo intensivo e continuado da Bíblia. E isso não acontece ouvindo sermões. Uma pessoa pode ouvir no máximo dois sermões por semana, e esses sermões precisam ser avaliados, pois nem sempre as mensagens entregues nas igrejas são equilibradas — talvez por causa da necessidade de focar em situações específicas de uma determinada congregação. A única maneira de estar certo de que estamos adorando o verdadeiro Deus de um modo que ele se agrade é estudando o texto das Escrituras de maneira pessoal.
Em terceiro lugar, a adoração contém em si mesma a Palavra, e se não temos uma compreensão perfeita das Escrituras provavelmente não entenderemos os assuntos e os símbolos dos textos sobre adoração que estamos usando. Isso pode nos levar a fazer comparações estranhas, interpretações incorretas ou até mesmo ignorar assuntos relevantes. Junte-se a isso o fato de que muitos líderes de louvor também são compositores. Como alguém pode escrever canções sem que esteja imerso nas Escrituras, a ponto da verdade bíblica estar refletida em suas letras? Além disso, depois de ser escrita, a música precisa passar por uma crítica bíblica e teológica. Uma amável figura poética pode estar sendo usada de uma maneira equivocada, ou até mesmo pode conter uma heresia. Mesmo que o autor peça para que alguém faça essa crítica para ele, o primeiro avaliador deveria ser o próprio compositor.
Em quarto lugar, o líder de louvor deve cultivar um relacionamento duradouro com Deus, em que estará liderando outras pessoas na adoração. Todos sabemos muito bem que Deus sempre (e talvez mais facilmente e melhor) é encontrado nas Escrituras. Isso significa que se alguém começa a estudar a Bíblia com o desejo sincero de conhecer a Deus melhor, essa pessoa certamente o encontrará de uma maneira que vai além do estudo racional. Talvez alguém possa dizer, “Bem, então é só abrir a Bíblia e esperar Deus falar. Porque eu deveria me esforçar em estudar se estou procurando por um encontro pessoal com ele?” A resposta é que assim como Jesus fez com os aprendizes no caminho de Emaús, Deus prefere nos explicar mais profundamente as Escrituras que apenas falar sem usar a Palavra. Ele a escreveu. Ele a preservou. Ele tem um interesse vital em se manifestar a nós através dela. E, além disso, nas escrituras nós temos dois mil anos de ação de Deus — como poderemos ter qualquer experiência com ele hoje que seja mais valiosa que dois mil anos de experiência? As nossas experiências estão baseadas e enraizadas nos atos de Deus descritos na Bíblia.
Mas podemos ir um pouco mais além. O nosso chamado como líderes de louvor e como povo que adora é sermos aprendizes de Jesus — eu prefiro usar “aprendiz” ao invés do sinônimo religioso “discípulo”. Ao olharmos para os discursos de Jesus e para os escritos de antigos aprendizes como Pedro, Tiago ou Paulo, nós vemos pessoas cujas vidas estavam impregnadas das Escrituras. Se a base da vida com Deus é seguir a Jesus e aos seus antigos aprendizes, então está claro que é impossível fazer isso sem buscarmos um conhecimento bíblico similar ao que eles tiveram.
E para finalizar, o líder de louvor precisa estudar profundamente a Bíblia, pois o seu líder no passado também o fez, e queremos ser iguais a ele.
Autor: Peter Davids
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