A Parábola do Bom Samaritano
Lucas 10.30-35
Antes de tecermos algum comentário sobre esta belíssima parábola do Bom Samaritano, convêm explicarmos o que significa uma parábola. Parábola é uma narrativa, imaginaria ou verdadeira que se apresenta com o fim de ensinar uma verdade.
Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço mental para se compreender.
E difere também da alegoria, porque esta personifica atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as pessoas na sua maneira de proceder, e, de viver.
Também difere da fábula, visto como aquela se limita ao que é humano e possível. O emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga. Os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homilias. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se à vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais difíceis de compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda verdade espiritual, como esta que será motivo de nosso estudo.
O homem que descia de Jerusalém representa qualquer um de nós que, freqüentamos uma igreja confortavelmente acomodada em nossa religiosidade, afazeres e obras levando-nos a uma vida sonolenta e tediosa. Esta situação cômoda, muitas vezes abre oportunidades para desejos fora das linhas espirituais. Aquele homem por certo tinha todas as mordomias que uma igreja contemporânea, mas em sua caminhada de sonolência espiritual, ouvindo falar das delicias, luzes, cores e perfumes do mundo, resolveu deixar tudo, como fez o “filho pródigo”, saindo de Jerusalém* – que na época, como Atenas era o centro intelectual – foi tentar fazer um passeio fora da segurança e proteção de Jerusalém que representava a centro religioso, onde se encontrava o templo, lugar de adoração, louvor e gratidão ao Deus de Abrão, Isaque e Jacó, indo para Jericó – “Lugar de Fragrâncias”, dos perfumes dos sonhos e ilusões, chamada também de “Cidade das Palmeiras”. No tempo de Jesus era a segunda maior cidade da Judéia. Ali Jesus curou o cego Bartimeu. Lá em Jericó se encontrava o Palácio de inverno, um hipódromo e uma fortaleza todos construídos por Herodes o Grande! Era, portanto uma bela cidade cheia de atrativos.
Até Jericó havia dois caminhos, um era mais longo, mas era seguro, o outro era mais curto, mas perigoso denominado “caminho sangrento”, devido ao grande número de crimes horrendos! Tinha 27 km de extensão, uma descida íngreme de 1040 metros, desolada e muito perigosa infestada de assaltantes que não tinham respeito pela vida humana. Foi por este caminho que nosso personagem resolver visitar Jericó, que não contava com os salteadores que de modo cruel:
- O despojaram (significa, Roubar ou saquear como ato de guerra. O substantivo despojos refere-se aos objetos pilhados dessa forma).
- espancaram (significa bater com força em todos os partes do corpo).
- Se retiraram (significa foram embora como se aquilo fosse coisa natural ou de pequeno significado para eles).
- Deixando “meio morto”, para eles nada mais importava, já tinham alcançado seu objetivo.
Por aquela mesma estrada aparecem duas figuras de grande importância para a época, o Sacerdote e o Levita. Ambos representavam os homens comissionados por Deus para estender as mãos aos necessitados com altruísmo que seria sua marca registrada, mas foram egoístas e fugiram da responsabilidade, talvez por medo de serem também assaltados!
Ai aparece o personagem mais importante desta parábola o Samaritano, que ia de viagem, tinha um destino e um compromisso por certo não podia parar, não podia perder tempo porque “ia de viagem”, mas, vendo aquela cena, um homem caído, ensangüentado, sujo, ferido por todo o corpo, à primeira vista morto, não haveria mais nada a fazer, e, o Samaritano descendo de seu jumento:
- Chegou ao pé dele
- Vendo-o
- Moveu-se de íntima compaixão
- Aproximando-se
- Atou-lhe as feridas
- Deitando-lhe, azeite e vinho,
- Pos sobre sua cavalgadura
- Levou-o para a estalagem
- E cuidou dele
- Antes de partir
- Tirou dois dinheiros
- Deu-os ao hospedeiro
- Disse-lhe: cuida dele
- E tudo o que gastares te pagarei quando voltar!
Em resumo aquele homem que não estava comissionado a fazer tal serviço – como o sacerdote e o levita – mas, deixando seus afazeres tomou as providencias necessárias porque sabia que aquele homem ainda vivia e precisava de socorro, então:
1- Curou as feridas;
2- Usou o que de melhor Ele tinha – azeite e vinho – símbolos do Espírito Santo e do Sangue Purificador de Jesus;
3- Deu a ele o melhor meio de transporte – a sua própria condução
4- Levou-o para um abrigo seguro – a estalagem – figura da igreja!
5- Cuidou dele enquanto na UTI espiritual
6- Não o abandonou, mas deixou pago o suficiente para se recuperar – 2 dinheiros ou denários eram suficiente para 32 dias de hospedagem naquele hotel cinco estrêlas
7- Passou então a responsabilidade para àquele que acabara de dar “dois dinheiros” - ou talentos – para que continuasse a cuidar com zelo daquela alma preciosa
8- E prometeu tudo o mais que você gastar investir nesta vida preciosa eu te pagarei quando voltar!
2- Resolvemos ir até Jericó e fomos interceptados por Satanás que nos despojou de nossos melhores dons e talentos?
3- Estamos meio mortos?
4- Fomos rejeitados pela liderança?
2- Ele curou nossas feridas e temos sido gratos por isso?
3- Temos dado graças pelo melhor lugar que Ele idealizou para nos proteger e nos manter restaurado?
4- Temos crido em suas promessas que Ele voltará?
Que o Senhor tenha misericórdia de nós quer sejamos líderes espirituais ou ovelhas do seu redil.
Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço mental para se compreender.
E difere também da alegoria, porque esta personifica atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as pessoas na sua maneira de proceder, e, de viver.
Também difere da fábula, visto como aquela se limita ao que é humano e possível. O emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e na sinagoga. Os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homilias. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se à vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais difíceis de compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma profunda verdade espiritual, como esta que será motivo de nosso estudo.
O homem que descia de Jerusalém representa qualquer um de nós que, freqüentamos uma igreja confortavelmente acomodada em nossa religiosidade, afazeres e obras levando-nos a uma vida sonolenta e tediosa. Esta situação cômoda, muitas vezes abre oportunidades para desejos fora das linhas espirituais. Aquele homem por certo tinha todas as mordomias que uma igreja contemporânea, mas em sua caminhada de sonolência espiritual, ouvindo falar das delicias, luzes, cores e perfumes do mundo, resolveu deixar tudo, como fez o “filho pródigo”, saindo de Jerusalém* – que na época, como Atenas era o centro intelectual – foi tentar fazer um passeio fora da segurança e proteção de Jerusalém que representava a centro religioso, onde se encontrava o templo, lugar de adoração, louvor e gratidão ao Deus de Abrão, Isaque e Jacó, indo para Jericó – “Lugar de Fragrâncias”, dos perfumes dos sonhos e ilusões, chamada também de “Cidade das Palmeiras”. No tempo de Jesus era a segunda maior cidade da Judéia. Ali Jesus curou o cego Bartimeu. Lá em Jericó se encontrava o Palácio de inverno, um hipódromo e uma fortaleza todos construídos por Herodes o Grande! Era, portanto uma bela cidade cheia de atrativos.
Até Jericó havia dois caminhos, um era mais longo, mas era seguro, o outro era mais curto, mas perigoso denominado “caminho sangrento”, devido ao grande número de crimes horrendos! Tinha 27 km de extensão, uma descida íngreme de 1040 metros, desolada e muito perigosa infestada de assaltantes que não tinham respeito pela vida humana. Foi por este caminho que nosso personagem resolver visitar Jericó, que não contava com os salteadores que de modo cruel:
- O despojaram (significa, Roubar ou saquear como ato de guerra. O substantivo despojos refere-se aos objetos pilhados dessa forma).
- espancaram (significa bater com força em todos os partes do corpo).
- Se retiraram (significa foram embora como se aquilo fosse coisa natural ou de pequeno significado para eles).
- Deixando “meio morto”, para eles nada mais importava, já tinham alcançado seu objetivo.
Por aquela mesma estrada aparecem duas figuras de grande importância para a época, o Sacerdote e o Levita. Ambos representavam os homens comissionados por Deus para estender as mãos aos necessitados com altruísmo que seria sua marca registrada, mas foram egoístas e fugiram da responsabilidade, talvez por medo de serem também assaltados!
Ai aparece o personagem mais importante desta parábola o Samaritano, que ia de viagem, tinha um destino e um compromisso por certo não podia parar, não podia perder tempo porque “ia de viagem”, mas, vendo aquela cena, um homem caído, ensangüentado, sujo, ferido por todo o corpo, à primeira vista morto, não haveria mais nada a fazer, e, o Samaritano descendo de seu jumento:
- Chegou ao pé dele
- Vendo-o
- Moveu-se de íntima compaixão
- Aproximando-se
- Atou-lhe as feridas
- Deitando-lhe, azeite e vinho,
- Pos sobre sua cavalgadura
- Levou-o para a estalagem
- E cuidou dele
- Antes de partir
- Tirou dois dinheiros
- Deu-os ao hospedeiro
- Disse-lhe: cuida dele
- E tudo o que gastares te pagarei quando voltar!
Em resumo aquele homem que não estava comissionado a fazer tal serviço – como o sacerdote e o levita – mas, deixando seus afazeres tomou as providencias necessárias porque sabia que aquele homem ainda vivia e precisava de socorro, então:
1- Curou as feridas;
2- Usou o que de melhor Ele tinha – azeite e vinho – símbolos do Espírito Santo e do Sangue Purificador de Jesus;
3- Deu a ele o melhor meio de transporte – a sua própria condução
4- Levou-o para um abrigo seguro – a estalagem – figura da igreja!
5- Cuidou dele enquanto na UTI espiritual
6- Não o abandonou, mas deixou pago o suficiente para se recuperar – 2 dinheiros ou denários eram suficiente para 32 dias de hospedagem naquele hotel cinco estrêlas
7- Passou então a responsabilidade para àquele que acabara de dar “dois dinheiros” - ou talentos – para que continuasse a cuidar com zelo daquela alma preciosa
8- E prometeu tudo o mais que você gastar investir nesta vida preciosa eu te pagarei quando voltar!
Fica a questão para meditarmos:
1- Temos permanecido em nosso lugar – Jerusalém – (a igreja) ou temos sido instáveis ao ponto de desejar ir até Jericó – o mundo com suas ilusões?2- Resolvemos ir até Jericó e fomos interceptados por Satanás que nos despojou de nossos melhores dons e talentos?
3- Estamos meio mortos?
4- Fomos rejeitados pela liderança?
Ou:
1- Temos recebido a atenção do Bom Samaritano e dado o devido valor a isso?2- Ele curou nossas feridas e temos sido gratos por isso?
3- Temos dado graças pelo melhor lugar que Ele idealizou para nos proteger e nos manter restaurado?
4- Temos crido em suas promessas que Ele voltará?
Que o Senhor tenha misericórdia de nós quer sejamos líderes espirituais ou ovelhas do seu redil.
Autor: Pastor Ademar Silveira Lara
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