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sábado, 14 de agosto de 2010

O Diabo Continua na Presença de Deus?



O Diabo Continua na Presença de Deus?


Pergunta:

Satanás no A.T. tinha livre acesso diante de Deus para acusar os servos do Senhor, mas no N.T. esta condição não existe mais. Isso realmente é verdade ou é uma teoria?

Resposta:

Vejamos os textos bíblicos correspondentes.
“E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles” (Jó 1.6; 2.1).

Comentários:

  • “Antes da morte e da ressurreição de Cristo, Satanás tinha acesso vez por outra à presença de Deus, quando então questionava a sinceridade e retidão dos fiéis (v. 1.6-12; 2.1-6; 38.7; Ap 12.10). Por outro lado, a Bíblia não declara em nenhum lugar que Satanás tem acesso direto a Deus na nova aliança, embora ele continue acusando os crentes. O crente pode eliminar essas acusações por meio do sangue de Cristo, de uma boa consciência e da Palavra de Deus (cf. Mt 4.3-11; Tg 4.7; Ap 12.11). Nossa confiança é reforçada pelo fato de termos como nosso Advogado perante o Pai o Senhor Jesus Cristo (1 Jo 2.1), que está à sua destra, intercedendo por nós (Hb 7.25)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal).
  • “Satanás tinha sido oficialmente expulso do céu, contudo, na verdade, ele ainda continuava tendo acesso à presença de Deus. Em várias partes das Escrituras encontramos que Satanás tem acesso à presença de Deus com o fim de acusar os santos. Em Zacarias 3.1 temos a visão de Josué diante do Anjo do Senhor e com Satanás à sua direita pára acusá-lo. Apocalipse 12.10 identifica Satanás como o acusador dos irmãos: “... o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. Aparentemente, como “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2), Satanás tem tido a oportunidade de comparecer perante Deus com o propósito de acusar de pecado os filhos de Deus. E é isso o que ele fez contra Jó, tanto em Jó 1.6 como em 2.1” (Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia, Norman Geisler e Thomas Howe).
“E me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor” (Zc 3.1).

Comentários:

  • “Josué estava representando a nação de Israel diante de Deus. Satanás, “o adversário”, encontrava-se em pé, à sua mão direita, para se lhe opor. Isto significa que os impedimentos e as oposições contra a reconstrução do templo realmente provinham do diabo. Ele continua como nosso adversário; é o “acusador de nossos irmãos” (Ap 12.10); o que procura tirar proveito de nós contra a obra de Deus” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

“Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito. Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás. Então, o diabo o deixou...” (Mt 4.10).

Comentários:

  • “Satanás (do gr. Satan, que significa adversário), foi antes um elevado anjo, criado perfeito e bom. Foi designado como ministro junto ao trono de Deus, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principal adversário de Deus e dos homens (Ez 28.12-15). (1) Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores (Ap 12.4) que talvez possam ser identificados (após sua queda) com os demônios ou espíritos malignos. Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade de Deus. (...) Satanás não é onipresente, onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da suas atividade é delegada a seus inumeráveis demônios (Mt 8.28; Ap 16.13). (...) No fim da presente era, Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). Depois disso será solto, após o que fará uma derradeira tentativa de derrotar a Deus, seguindo-se sua ruína final, que será o seu lançamento no lago de fogo (Ap 20.7-10). (...) O cristão deve sempre orar por livramento do poder de Satanás (Mt 6.13), para manter-se alerta contra seus ardis e tentações (Ef 6.11), e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé (Ef 6.10-18. 1 Pe 5.8,9)”. (Bíblia de Estudo Pentecostal).

“E ouve batalha no céu: Miguel e seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo. Ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite” (Ap 12.7, 9, 10).

Comentários

  • “A tribulação significa não somente grandes conflitos espirituais na terra, mas também nos céus. (a) Satanás é derrotado, precipitado na terra (cf. Lc 10.18: “Eu via Satanás, como um raio, cair do céu”). O céu se regozija porque (vv 10-12), porque Satanás já não é uma força espiritual nos lugares celestiais. Ao mesmo tempo, isso causa “ais” em relação aos que vivem na terra (vv.12,13). É possível que a expulsão de Satanás dê início à grande tribulação; Satanás acusa os crentes diante de Deus. (Ap 12.10). Sua acusação é que os crentes servem a Deus por interesse pessoal (cf. Jó 1.6-11; Zc 3.1). Os crentes fiéis vencem Satanás ao serem libertos do seu poder pelo sangue do Cordeiro, falando resolutamente de Cristo e demonstrando disposição de servir a Cristo, custe o que custar” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

Entendo que:

  • O céu não é habitação de Satanás e seus anjos maus. Sei que isso é o óbvio, mas faz-se necessário deixar bem claro, à vista do que lemos acima.
  • Embora não fazendo parte das hostes celestiais, eis que foi expulso, Satanás continua como acusador (Ap 12.10).
  • O acusador “será” expulso no final dos tempos. Para que Satanás possa acusar, há necessidade de apresentar-se a Deus. O ato da acusação requer um interlocutor que receba a acusação.
  • Corrobora esse raciocínio o fato de Satanás haver comparecido à presença do Senhor Jesus (Deus encarnado), no deserto. (Mt 4.1-11) (Pr. Airton E. da Costa).

Autor: Pr Airton Evangelista da Costa


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